Por que me ufano pelo meu país
Tudo me deste, pátria
Amada, quanto pude
Imaginar que tive, antes
de lusitano coroar-me.
Teu ventre hermético
Forja homens no
brasão de um céu
Sempre azul.
Antes índio perito,
Eu te rogava pelos
Trajes e civilização
Estranhos ao nosso
Costume de comer
Sem talheres, e mãos
Asseadas?
Quando a morte lhe
Parecia certa eis que
Galinhas em verde e
Amarelo cantavam
Outra vez Tupi,
Filho da pátria
Antológica, no teu
Fascínio italiano cresci.
Consignei minha vontade
E paguei a diferença.
Tantos anos brasileiro
Que até perdi a fé em
Ser alienígena, com
Fábulas andando a
dourar-me o repouso do
Qual não despertei. Ainda.
Hoje distinto cidadão,
hemoglobinas vermelhas,
creio em teu progresso,
embora racione a luz
da ordem instaurada.
Acredito que o que me
Deste, Pátria minha
Amada, não logra o
Sono em que permanecemos
Mas. Acordaremos.