Por que me ufano pelo meu país

Tudo me deste, pátria

Amada, quanto pude

Imaginar que tive, antes

de lusitano coroar-me.

Teu ventre hermético

Forja homens no

brasão de um céu

Sempre azul.

Antes índio perito,

Eu te rogava pelos

Trajes e civilização

Estranhos ao nosso

Costume de comer

Sem talheres, e mãos

Asseadas?

Quando a morte lhe

Parecia certa eis que

Galinhas em verde e

Amarelo cantavam

Outra vez Tupi,

Filho da pátria

Antológica, no teu

Fascínio italiano cresci.

Consignei minha vontade

E paguei a diferença.

Tantos anos brasileiro

Que até perdi a fé em

Ser alienígena, com

Fábulas andando a

dourar-me o repouso do

Qual não despertei. Ainda.

Hoje distinto cidadão,

hemoglobinas vermelhas,

creio em teu progresso,

embora racione a luz

da ordem instaurada.

Acredito que o que me

Deste, Pátria minha

Amada, não logra o

Sono em que permanecemos

Mas. Acordaremos.

antônimo
Enviado por antônimo em 27/03/2010
Reeditado em 14/01/2012
Código do texto: T2162380
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