TRÓPICO DE CÂNCER
Jogado pra lá distante fantasma
Abraçando seus vazios tropeços
Desarma tropeiros pelos despejos
Chagados das azougues minas gastas
Cavouca chão pé ante pé moleque
Cabeças encruzilhadas aos matos
Nesgas correntes de alumião fraco
Rostos desbastados c'osso feérico
Quer dormir de bruços a piedade
Em postas salgado sabor dos morros
Verde serrado que o tempo jaz cúmplice
Carrancas te trazem de volta à luta
Terrores camuflados de bolor
Espectro a sós no horizonte encantado
(Carlos Swancide, 2010)