Verde-louro brasileiro
País amado,
Chamado de arcaico, pobre e vil,
Continuas sendo o meu Brasil.
Terra de maleável mangue
Da qual Deus me fez
Pátria - Nação - homem!
Santo lugar que guarda minh'alma
Na união dos muitos "vocês".
As flores caem
Tal qual uma chuva refrescante
Tirando da terra nosso aroma:
Um caminhar constante
A beleza que nos emociona
Extenso campo verdejante.
Muitos podem suportar a saudade
Mas meu ser não quer olvidar
Sentimentos belos, fotos e amizade
Que nos unem nesse mútuo gostar.
Na glória mais pura sinto a afinidade,
A que nos faz com o Cruzeiro do Sul sonhar
Com os dias de nossa idade
Repletos com o meu anseio de a ti cantar.
Onde podemos ter frutíferas colheitas
Repousa o meu sonho de viver aqui
Venho falar-te coisas perfeitas:
O meu Goiás já fala heróico cariri.
A data venia de qualquer permissão
Leva-me a compreender
Como é bom aqui viver!
Canto a ti, terra de meus pais
Mesmo que teu lábaro não seja ostentado,
Brilho no teu brilho,
Toco os teus recitais.
Como te quero, meu Brasil amado!
Hoje sei que sou meio ava-canoeiro.
A Bandeira, que liberta meu tédio vil
Pode resolver problema corriqueiro:
Minha terra jamais me puniu.
Temos o sangue tupi brasil.
Sejamos o belo índio Goyá,
Ser de pedra, petrificado em monumentos
Que refletem o amor que não há
Entre as pessoas dos amargos tempos.
O Brasil é de mares e lagoas,
De terras e serras,
De ventos e Sol de verão,
Meu templo de exaltação.
Àquele que aqui vive,
Brado com regozijo:
Do verde-louro brasileiro
Jamais me fiz estrangeiro
O antigo Goyas
Devolve-nos a paz.
E da forma que te chamo rosa,
Flor, cana, luz, pátria formosa
Rezo uma nova e bela canção
Que segue as batidas do meu coração!