Meu Castelo
Meu Castelo
O morro é meu Rio
Nele está meu castelo
águas claras nada escuro
tenho alma transparente
sou mulato meu ato divino
cantar e escrever
passam alegres por ela
cadê o café, preta pimpinela
não tenho grão, nem tostão, é tudo real
minha loucura vai te deixar mais leve
nem posso mais gritar viva o Rei,
perdi meu Castelo
por onde descerei?
deixa o morro onde está
deixa a loucura passar
verá que ele é belo
tem criança que não sabe o Liceu
pés descalços, aparencia pebleu
mas amo minha bela
toda manhã anuncio
desperta querida
o reino do norte te deixou tão ferida
Ferido de amor
torno um ébrio e dela sou major
sou engenhoso nas letras
morrerei novo de amor
meu irmão já casou
a lembrança do morro eu levo
reprovado na métrica letra
que não sabe conjugar minha emoção
Hoje derrubam meu morro
com fuzil, ponto 50, cesta básica
e nova reeleição
Gente sofrida intenta a vida
apesar do castigo
da moenda atrevida