Pátria minha

Pátria minha, que brinca de alegria

Disfarçada fica, coberta em fantasia

Burlam entendimento, sem cerimônia

Escondem verdades, aumentando tua insônia.

Pátria minha, tão belo teu verde,

Mas tão sem cor esta tua sina!

Brancos e negros com sede e fome

Devoram vidas e tramam nas esquinas.

Cabeças crescem, compra-se vergonha

Anulam trabalho, maculam o que se sonha

Pátria minha, respire mais um pouco

Um dia acaba esta dor tamanha.

Pátria minha, pedimos teu colo

Com mãos calejadas e vidas sem sorte

Proteja-nos de tantas mãos que se saciam

Nas nossas, cheias de cortes.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 01/11/2009
Reeditado em 01/11/2009
Código do texto: T1898856
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