CONFISSÃO DE UM FUZILEIRO

Temo a faca traiçoeira,

Na mão do destro inimigo.

Temo a fina baioneta.

Temo a bala do fusil.

Temo o estrago da basuca.

O estilhaço da granada.

Bem acima do temor,

Do medo que sufoca,

Tenho preceito de uma razão.

Que dá força a minha ação.

Que me impele para frente.

Que me faz vencer o medo.

Eu sinto a força da verdade

Expulsar toda fraqueza.

A firmeza desta crença

Tem o nome de coragem.