Doutos Senadores
Quando muitas televisões
juntam-se às pressões
esse gesto brilha
e da mentira é filha
Ainda não conheço
de onde vem esse começo
e esse pregado futuro
parece pixação no muro
A ordem estabelecida
encontra-se prostituída
a moral decaída
a verdade esquecida
Os senhores coronéis
brandindo seus anéis
ignoram qualquer viés
brindam águas leites cafés
Postam-se gladiadores
badalados paladinos
mas não passam de ditadores
se achando saladinos
A morte multifacetada
campeia por todos os lados
em nossas faces marcadas
incompreensíveis pecados
Ainda anão podeis dizer
que livres sois
Muitos hão de morrer
até que fiquem dois
Mal afamada casa de leis
tingida de azul anil
Nem mesmo vós sabeis
que madre vos pariu
Que tão ensandecidos
criam mais dores
mas se mostram enternecidos
entre si, esses doutos senadores
Essa casa mal afamada
criadouro de riquezas
mais parece cama armada
sobre colchão de tristezas
Reforma faz-se necessária
para tornar- se livre
O povo deixar de ser pária
E poder-se dizer: a nação vive!!!