JÁ PODEIS, DA PÁTRIA, Ó FILHOS...
Já Podeis...
Jorge Linhaça
Já podeis, da pátria, ó filhos.
Ver nos nobres do planalto
Estrelas pífias de brilho
A cantar seus estribilhos
Tomando a nação d'assalto
Já podeis ,ó operários
Que lutais no dia a dia
Pra ganhar o teu salário
Ver uns quantos salafrários
desfrutando mordomias
Já podeis, ó média classe
Que defendes os teus postos
Continuar o disfarce
Como se só tu pagasses
Os absurdos impostos
Já podeis, educadores,
Jogar fora os diplomas
Renegar os teus valores
Como fazem senadores
Da nação o carcinoma
Já podeis, ó vil mestástase
Nos plenários espalhada
Premeditando a catástase
Romper a moral em diástase
Enquanto dás gargalhadas
O silêncio que nos cala
Enquanto povo indolente
Aos poderosos embala
Pois se o povo não fala
Dá-se asas às serpentes.
A picada é mortal
Mata sonhos e esperança
Há guerras em nosso quintal
Mas todos acham normal
E a consciência descansa
E " a culpa é da Yndira"
Que não sabe comer peixe
E s'engasga c'oas espinhas
Dessa rede de mentiras
Atando as línguas num feixe.
Deitados eternamente
No berço da pasmaceira
Segue, qual gado, essa gente
Povo subserviente
Jurando amor à bandeira
Já Podeis...
Jorge Linhaça
Já podeis, da pátria, ó filhos.
Ver nos nobres do planalto
Estrelas pífias de brilho
A cantar seus estribilhos
Tomando a nação d'assalto
Já podeis ,ó operários
Que lutais no dia a dia
Pra ganhar o teu salário
Ver uns quantos salafrários
desfrutando mordomias
Já podeis, ó média classe
Que defendes os teus postos
Continuar o disfarce
Como se só tu pagasses
Os absurdos impostos
Já podeis, educadores,
Jogar fora os diplomas
Renegar os teus valores
Como fazem senadores
Da nação o carcinoma
Já podeis, ó vil mestástase
Nos plenários espalhada
Premeditando a catástase
Romper a moral em diástase
Enquanto dás gargalhadas
O silêncio que nos cala
Enquanto povo indolente
Aos poderosos embala
Pois se o povo não fala
Dá-se asas às serpentes.
A picada é mortal
Mata sonhos e esperança
Há guerras em nosso quintal
Mas todos acham normal
E a consciência descansa
E " a culpa é da Yndira"
Que não sabe comer peixe
E s'engasga c'oas espinhas
Dessa rede de mentiras
Atando as línguas num feixe.
Deitados eternamente
No berço da pasmaceira
Segue, qual gado, essa gente
Povo subserviente
Jurando amor à bandeira