Banzo
Nas raízes da nação brasileira
Ecoa a dor do lamento
Negros em sofrimento
Nas senzalas de senhor
Oprimidos pela chibata
Refugia-se dentro da mata
Fugindo do opressor.
O grito maior dos Palmares
Ainda ecoa pelos ares
Num anseio de liberdade
O negro Zumbi encontrou
No quilombo de Alagoas
Alguma felicidade.
Vitimados pelo banzo
Levaram muitos ‘a tumba
O quilombo prosperou
Guiado por Ganga Zumba.
Aos nossos irmãos de cor
Uma diferença é preciso que se faça
Preta é a sua cor
E negra é a sua raça.
Hoje o negro se orgulha
Do ébano da sua cor
Comemora a sua data
Acabou-se o capitão da mata
Hoje só existe amor.