Poema à liberdade

O coração é vermelho

Vermelho que ainda pulsa em cada sonho de liberdade;

Sonhos libertários, revolução de sonhos;

Uma constelação deles desaparecida, onde estão os desaparecidos?

Trago a bandeira branca e a consciência limpa, o grito de utopia esta reprimido;

Repressão, como nisto não pensar?

O muro está fechado, o punho está cerrado, cerraram minha garganta;

O vermelho ainda corre nas veias, nos pulsos que quiseram cortar com minha própria foice;

Nas anarquias de meus pensamentos, ainda vive uma esperança;

Silêncio... É melhor guardar segredo;

Muitos segredos foram calados, amordaçados, pensamentos torturados, sentimentos exilados...

Vem, vamos lutar! Romper grilhões nesta luta desigual onde só se pede a igualdade;

Recuperar a liberdade, ter amigos, ser camarada, despir-me da agonia da expressão pra não censurar meu coração;

Querem calar a minha voz

Já calaram a sua voz

Calarão a nossa voz?

Nossa vez... Minha voz.

Patricia Gosuen Rios
Enviado por Patricia Gosuen Rios em 09/08/2009
Código do texto: T1745351
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