Poema à liberdade
O coração é vermelho
Vermelho que ainda pulsa em cada sonho de liberdade;
Sonhos libertários, revolução de sonhos;
Uma constelação deles desaparecida, onde estão os desaparecidos?
Trago a bandeira branca e a consciência limpa, o grito de utopia esta reprimido;
Repressão, como nisto não pensar?
O muro está fechado, o punho está cerrado, cerraram minha garganta;
O vermelho ainda corre nas veias, nos pulsos que quiseram cortar com minha própria foice;
Nas anarquias de meus pensamentos, ainda vive uma esperança;
Silêncio... É melhor guardar segredo;
Muitos segredos foram calados, amordaçados, pensamentos torturados, sentimentos exilados...
Vem, vamos lutar! Romper grilhões nesta luta desigual onde só se pede a igualdade;
Recuperar a liberdade, ter amigos, ser camarada, despir-me da agonia da expressão pra não censurar meu coração;
Querem calar a minha voz
Já calaram a sua voz
Calarão a nossa voz?
Nossa vez... Minha voz.