CONTINUO DIZENDO: QUERO GRITAR
O meu grito já não mais se ouve,
O meu clamor fez-se silencio na dor!
Ah, quero gritar, alguém a me ouvir?
Dos meus sonhos, ninguém me faz desistir!
Meu grito está desaparecendo,
Apertado pelo esquema da justiça:
Cega, surda, muda e agora, aleijada...
Não há mais como dizer: Pátria amada!
Como nos tornamos homens estúpidos.
Minhas mãos estão presas;
Meus pés foram arrancados...
Nós, brasileiros, continuamos isolados!
A garra da justiça é feita de papel...
Mas de papel para os poderosos corruptos,
Mas para o restante do povo brasileiro,
As garras são de ferro... O meu grito é verdadeiro!
Meu peito, minhas mãos, meus pés, meus olhos...
Todo o meu corpo está sendo coagido
Sobre a fenda do dever,
Mas os direitos, “eles” preferem esquecer!
Meu coração chora — esfriou o amor;
Meus olhos lamentam — aumentou o ódio;
Meu coração amarra as tranças do sofrimento...
Caminho de esperança, não sai do meu pensamento!
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*5º no XIV Concurso Internacional Literário de Primavera – 2004, 12 paises participantes; participação no 7º Concurso Nacional de Contos e Poesias – “Poeta Nuno Álvaro Pereira” Editora Valença/RJ. 2005.
***by: Jonatas Alberto
***Pseudonimo: John Peter Parker / John Lion