O Captain! My Captain! (de Walt Whitman)

Walt Whitman escreveu esta poesia em 1865, pouco depois do assassinato de Abraham Lincoln (o "capitão" citado por ele; o barco é, naturalmente, os Estados Unidos da América e a "viagem temerária" é a Guerra de Secessão). Para o público brasileiro, talvez a lembrança mais forte que esta poesia evoque seja a da magnífica cena final de "Sociedade dos Poetas Mortos", quando, em protesto pela demissão do professor interpretado por Robin Williams, os alunos sobem nas mesas e declamam "O Captain! My Captain!"...

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O Captain! My Captain!

O Captain! my Captain! our fearful trip is done,

The ship has weather'd every rack, the prize we sought is won,

The port is near, the bells I hear, the people all exulting,

While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;

But O heart! heart! heart!

O the bleeding drops of red,

Where on the deck my Captain lies,

Fallen cold and dead.

O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;

Rise up--for you the flag is flung--for you the bugle trills,

For you bouquets and ribbon'd wreaths--for you the shores a-crowding,

For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;

Here Captain! dear father!

This arm beneath your head!

It is some dream that on the deck,

You've fallen cold and dead.

My Captain does not answer, his lips are pale and still,

My father does not feel my arm, he has no pulse nor will,

The ship is anchor'd safe and sound, its voyage closed and done,

From fearful trip the victor ship comes in with object won;

Exult O shores, and ring O bells!

But I with mournful tread,

Walk the deck my Captain lies,

Fallen cold and dead.

- Walt Whitman (1865, sobre a morte de Abraham Lincoln)

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Oh Capitão! Meu Capitão!

Oh capitão! meu capitão! nossa temerária viagem é finda,

O barco arrostou cada intempérie, o prêmio que buscávamos foi conquistado,

O porto está próximo, ouço os sinos, o povo exultante,

Enquanto olhos seguem a quilha firme, o vaso severo e ousado;

Mas oh coração! coração! coração!

Oh as gotas de sangue encarnado,

Onde sobre o deque meu capitão jaz,

Frio e morto tombado.

Oh capitão! meu capitão! ergue-te e ouça os sinos;

Ergue-te - por ti a bandeira drapeia - por ti o clarim garganteia,

Por ti buquês e grinaldas engalanadas - por ti a costa enxameia,

Por ti eles chamam, a massa oscilante, volta-lhe suas faces ansiosas;

Eis capitão! querido pai!

Este braço sob sua cabeça colocado!

É algum tipo de sonho que sobre o deque,

Você esteja frio e morto tombado.

Meu capitão não responde, seus lábios estão pálidos e silentes,

Meu pai não sente meu braço, não tem pulso, a vontade ausente,

O barco está ancorado são e salvo, sua viagem terminada e finda,

Da temerária viagem a nau vencedora chegou com a missão cumprida;

Exulte, oh costa, e dobrem, oh sinos!

Mas eu, a passo pesado,

Caminho no deque onde meu capitão jaz,

Frio e morto tombado.