NOSSA TERRA

Em nossa terra sutil e em desenvolvimento

Notarás o desenvolvimento do aconchego

O azul de nosso céu e as cinzas lançadas

Das fumaças dos tabacos.

Verás a força do nosso povo

O entusiasmo da liberdade

Por sambar sem máscaras nas avenidas

Comemorando a vitória do Corinthians.

Coletivos cheios de trabalhadores

Que não tem hora de ir e vir

Aguarda na estação o próximo trem

Porque os atrasaram seus patrões.

Gente alegre e cantadores

Catadores de papelão pra ter o pão

Nem mesmo o nome do presidente

Importa a eles pra ter seu pão.

Agora em nossa terra

Os atores andam nas calçadas

Cantando ópera do ganho ao pão

Da vida alegre que tem por vir

Gente multicor acolhedoras

Acolhe até o cão sem proteção

Dividindo o pouco que se tem

Pra fazer feliz até os cachorrinhos.

Caminham na tão Paulista

Das noites dos paulistas de baixa renda

Os helicópteros não despentearão as moças

Que lá circulam em diversão.

Os helicópteros estão no hangar.

Seus donos circulam em navios

No primeiro mundo de Cabral.

Noticiados da terra do ganha pão.

Em nossa terra onde jaz palmeiras

Os teatros têm ouro dentro

Lá fora uma multidão

Procurando ouvir o som dos artistas.

Alguns contam histórias de viagens

Da formosura e riquezas que lá existem

Não trazem uma nota de informação

Dos ouros levados das Belas Minas.

Nossos artistas entusiastas

Largam a pátria a estranhos

Os patrões não os credenciam

Porque daqui já levaram os ouros.

Uns retornam com vontade de transformar

A nossa terra onde ainda canta alguns sabiás

Apostando na força de um povo

Que se erguer a voz alcançará o mundo.