Súplicas de Liberdade
Súplicas de Liberdade
Liberdade! Ainda que tardia...
Imagens que são de doer.
Nossas crianças de barriga vazia.
Uma mãe sem peito pra dar.
O que nem ela tem pra comer.
Oh! Liberdade injusta...
Hipocrisia da crueldade social,
Não se sabe quanto que custa,
Tudo aquilo que se joga fora,
Num gesto, quase animal.
Oh! Liberdade falida...
Desmandos por todos os lados,
Os pobres estão sem comida,
Carregando uma culpa ilegal.
De resto, continuamos calados.
Oh! Liberdade imortal...
Das sociedades legais e desiguais.
Aquela criança, o que é afinal?
Pendurada nos retrovisores,
Inocentes atropelados, como animais.
Oh! Senhora liberdade...
Trazei a tona de todas as mentes,
As vertentes de alguma realidade.
A soberba que desça bem fundo,
Para olhar as crianças carentes.
Liberdade! É quase um sonho...
Livre arbítrio, essência de todo o saber,
Ter um mundo menos medonho.
Um abraço de amigo para dar,
Sem troca e sem nada a receber.
Jorge Gonçalves Junior - 24/05/2004