A QUEDA DO PAJÉ
Do píncaro da glória
caiu o pajé:
Faltou-lhe pulso
faltou-lhe fé.
A tribo
negando-lhe
resposta aos sinais,
desceu-lhe o véu da noite!
Aquela bondade exuberante,
aqueles acenos- deleites
de calor – aonde estão?
E aquela necessidade de reafirmação?...
O desafio do desabafado peito
entorna tristes alegrias,
outrora, visíveis nos dentes cerrados
e nos aplausos das praças!
Por um instante pairou o requinte:
-“A certeza de que tudo estava bem!”
O ano passou esfuziante
contornando o caminho por que
não esperava contemplar a solidão!
Lutou para retomar o espaço,
afundando com mais força
a tribo enjeitada.
Faltou-lhe pulso forte,
peito garrido!
Como peça de xadrez
um por um foi engolido.
O que restou da intentona,
não foi tão suficiente
para recompor o quadro:
- O pajé caiu e a tribo “sorriu”!...