Faz escuro... e eu?
Faz escuro, mas eu canto,
como dizia meu poeta Thiago
"Faz escuro aqui dentro, meu Mago"
Mesmo que o sol da esperança
bronzeie o adormecido gigante criança.
Faz escuro, no entanto há música entre as palmeiras
E não sou a ouvinte primeira
do canto do sabiá.
Houve quem ouvisse o canto
mesmo estando ainda longe
Da terra de mais estrelas.
faz escuro mas eu canto
A fiel democracia
a canção, poesia, melodia
Que me enxuga o pranto
Faz escuro e eu espero que em mim renasça
o canto dos sabiás
a oração do pastor, da freira, do sacerdote,do monge
e o lufar das velas...
Faz escuro Thiago
Meu Mello, meu mago
Faz escuro ente as palmeiras
mas, sossegue, ainda há sonhos
e uns poucos sabiás.
( Meus sentimentos, lembranças de vários cárceres e de dois poetas)