QUERO A FOME
Com a boca escancarada
A gritar vem saciar meu desejo
Quero sonhos latentes e pungentes
Quero fome não de pão na meninada
Quero lindos e suaves apetites nessa gente
Que soergue ante essa mentirada
Dos que dizem tal qual amante cafajeste
Vem que meu leito sacia e sobeja amor
E no final dói tal qual peste
E sacia o apetite só com dor
Quero antes que meu mundo
Deixe esse processo imundo
De corrupção social
E subnutrição venal