O Negro do Cachimbo
O velho se balançava de maneira indiferente,
Pensava, na sua cadeira, calmamente.
Olhava para a rua fumando seu velho cachimbo,
Olhando os pássaros em seus ninhos.
Sabia que não lhe restava tempo,
Somente dor e sofrimento.
Sofrendo por causa da cor,
Discriminado, sentindo a dor.
Nada mas restava para aquele negro
Que ria ao ver o céu preto.
Morrendo, vagarosamente, dolorosamente,
Sentido que o mundo é revolta em sua mente.