Solidão
Nas sombras frias do quarto vazio,
O silêncio ecoa, um cruel desafio.
Cada batida do relógio lenta,
Faz da mente uma casa desatenta.
A solidão é um grito abafado,
Um eco de algo nunca falado.
A alma vaga sem direção,
Em busca de qualquer conexão.
Há dias que ela pesa mais,
Como um fardo que nunca se desfaz.
Outros, é leve, quase invisível,
Mas sempre está lá, intransponível.
Encontrar paz nesse espaço incerto,
É um desejo que parece deserto.
A solitude pode ser calmaria,
Mas, às vezes, é pura agonia.
E quando o dia enfim clareia,
A esperança, tímida, se semeia.
Mas a solidão, como velha amiga,
Sempre volta, de forma antiga.