Solidão

Nas sombras frias do quarto vazio,

O silêncio ecoa, um cruel desafio.

Cada batida do relógio lenta,

Faz da mente uma casa desatenta.

A solidão é um grito abafado,

Um eco de algo nunca falado.

A alma vaga sem direção,

Em busca de qualquer conexão.

Há dias que ela pesa mais,

Como um fardo que nunca se desfaz.

Outros, é leve, quase invisível,

Mas sempre está lá, intransponível.

Encontrar paz nesse espaço incerto,

É um desejo que parece deserto.

A solitude pode ser calmaria,

Mas, às vezes, é pura agonia.

E quando o dia enfim clareia,

A esperança, tímida, se semeia.

Mas a solidão, como velha amiga,

Sempre volta, de forma antiga.

M Henrique e Jack Gepeto
Enviado por M Henrique em 12/12/2024
Código do texto: T8217887
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