Sofrimento empírico

Surgiu desde à antiguidade

No Oásis permanente da cidade

Nas cachoeiras desérticas quente

Abundante nas águas do continente

Sem nenhum sorriso brilhante

Deitado na dor fascinante

Escorrendo lágrimas desisperante

Registando a dor impírica

No diafragma da luz estética

Perfurante na alegria poética

Desviado na realidade tática

Paralisando pensamento eclesiástico

De discernimento drástico

Deste mundo magnético

Quem vive sofre

Amadurece na alegria de um cofre

No ar atmosférico de enxofre

No vazio de quem enche

É impírico esse sofrimento

Surgindo na fome do mantimento

Durante a preguiça do sossego

Que transborda em amigo em inimigo

Nos delírios de um mendigo

Choramingando em um jazigo

Pertencente a dor do fogo.

Autor: Paulo Colorido

Paulo Colorido
Enviado por Paulo Colorido em 04/09/2024
Código do texto: T8144142
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