Sofrimento empírico
Surgiu desde à antiguidade
No Oásis permanente da cidade
Nas cachoeiras desérticas quente
Abundante nas águas do continente
Sem nenhum sorriso brilhante
Deitado na dor fascinante
Escorrendo lágrimas desisperante
Registando a dor impírica
No diafragma da luz estética
Perfurante na alegria poética
Desviado na realidade tática
Paralisando pensamento eclesiástico
De discernimento drástico
Deste mundo magnético
Quem vive sofre
Amadurece na alegria de um cofre
No ar atmosférico de enxofre
No vazio de quem enche
É impírico esse sofrimento
Surgindo na fome do mantimento
Durante a preguiça do sossego
Que transborda em amigo em inimigo
Nos delírios de um mendigo
Choramingando em um jazigo
Pertencente a dor do fogo.
Autor: Paulo Colorido