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Um poema para a moça que não conheço

Uma homenagem para quem não vejo

Uma chuva de palavras de desejo

Talvez um dia eu ganhe um beijo

Ou a vida será sempre injusta pra mim

Caminhante sou nômade com morada

Um supérfluo poeta com mania de grandeza

Escrevo para uma possível amada

O que a vida me impossibilita de dizer

Não é timidez gostar de escrever

Esse poema com defeitos intelectuais

É um esboço do desejo poético

De um poeta que vive a solidão

Dedico a essa senhorita um emaranhado de palavras

Sem ao menos compreender meu coração

Escrevo para a moça que não conheço

Um poema que ela não vai ler.

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 16/04/2024
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