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Um poema para a moça que não conheço
Uma homenagem para quem não vejo
Uma chuva de palavras de desejo
Talvez um dia eu ganhe um beijo
Ou a vida será sempre injusta pra mim
Caminhante sou nômade com morada
Um supérfluo poeta com mania de grandeza
Escrevo para uma possível amada
O que a vida me impossibilita de dizer
Não é timidez gostar de escrever
Esse poema com defeitos intelectuais
É um esboço do desejo poético
De um poeta que vive a solidão
Dedico a essa senhorita um emaranhado de palavras
Sem ao menos compreender meu coração
Escrevo para a moça que não conheço
Um poema que ela não vai ler.
Otreblig Solrac - O poeta burro