Cá estou eu
De que valem os meus versos neste mundo tão assim, tão assado?! É difícil saber, mas não creio que sejam de grande serventia. A, avaliar, pelo número de leitores que tenho, é de entristecer até quem já morreu. Mas isto não me comove, tenho dito e repetido para os meus amigos: escrever é como morrer. Você arranca das entranhas cada palavra que escolhe. E cada palavra grafada, o arremessa aos leões, sem dó nem piedade. E não tem como voltar. O que foi dito, foi dito! E tem mais, o que disser de ruim, voltará a galope contra você. Isto é fato sem perdão. Um dia desses um amigo me disse: "nem os que me viram nascer, leem o que escrevo". Ah, posso ser severo, mas penso que sou doente, da alma e do corpo! Pois, cá estou eu...