Ser Doido
Tenho dito insistentemente que sou um louco e, pior, gosto da loucura. Os loucos se atraem com tanta força e desejo, que não precisam revelar-se. A loucura se percebe no ar, no trejeito e até nos vocábulos. Mas as palavras, de modo geral, apenas trazem em si, uma cena menos sofisticada, um registro diria, uma fotografia? … Talvez!. A minha loucura está caracterizada por pensamentos considerados anormais pela sociedade ou a realização de coisas sem sentido que tanto prego. É até engraçado dizer que, particularmente, não tenho amor excessivo ou exagerado por nada. Este é um dos sinais da verdadeira loucura. Todavia, comungo com Ariano Suassuna: “tenho simpatia por gente doida. Como sou do ramo, identifico os doidos logo”. Me agrada, e muito, a companhia de todos os malucos da minha Aldeia. Ser doido, uma Arte maravilhosa!