JAULA

 

Vivo presa, em mim,

no fundo de um ser

que, na verdade, desconheço.

Às vezes, não sei a que mundo pertenço!

Jaula de amores infiéis?

Jaula de pecadores profundos?

O que fazer para fugir?

Fugir de quem

se, no fundo, não me pertenço?

Amo, sem medidas, sem regras;

amo, embora ache o amor, brega.

Sou intensa, sou feliz!

Feliz, por quê?

Jaula, onde prendo minha alma;

jaula, onde sei ser eu e sei ser muitas;

jaula, onde encontro quem não sou;

jaula, onde prendo teu amor.

Ana Regina Bueno Porto
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 12/08/2023
Código do texto: T7859979
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