NOVAS INSPIRAÇÕES
(para Manoel de Barros)
De vez em quando me paro a não saber nada,
Daí não preciso entender,
Só a contemplar a completude.
Então o pouco vira tudo,
O quadro passa ao infinito,
E minhas sobras em menos que migalhas.
Qualquer coisa me satisfaz
Porque me dispo de vontades
E vejo semelhanças entre metal e água,
Nada mais de vaidades.
Porém, me resta um único vício:
Contemplar teu sorriso!