Pato do desejo

Guardo comigo o desejo

de ser o que almejo

E de não ser patético!

Pois o pato não é ético,

nem a ética é pato morto!

Mas se o morto é diabético,

o dialético é pato choco!

E se pra justo, for pato culto,

serei crismado no tronco dos patos!

Meu pesar não é passarinho,

Meu mindinho não é companheiro!

E o eiro chegou primeiro

Pra dizer que o terceiro

era o último e verdadeiro!

Então adeus sexto justo!

Já que o quinto

ficou nos infernos

E o quarto preso no quarto,

Jeito perfeito de amar,

e viver em paz com

minhas quatro paredes!

O segundo? Ahh..

Esse passa muito rápido!

Então corramos pra não

empatar o nosso pato manco de estimação,

que cansou dessa vida de pata choca!

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 24/10/2021
Reeditado em 09/08/2022
Código do texto: T7370534
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