CORPOS NATURAIS
Vozes vazias
Sem entonação
Corações sombrios
Sem emoção
Mentes de cópia
Que usam espelhos
Destroem segredos
Culminam na escuridão.
Vidas amorfas
Largadas apenas
Quisera haver sorte
Para matar essa dor
Dedos que costuram
A palma da mão
Ao destino sem rumo
Sem reflexão
Sozinho na noite
Na praia lotada
Companhia inexistente
Apenas ilusão
Solidão persistente,
Que preenche vazios,
Dos dias de ressaca e
Dos dias de frio.
Logo que tudo termina
Nada há de se lembrar
Pois quem só, vive,
Só, há de perdurar.