Espelho na margem


Quem seria essa fantasia
Traz no peito a melancolia
 tamanha dor
que nascente provinha
quem seria o amor que sentia.

Nas profundezas de uma caverna 
com pa é enxada
escavei terra e pedra
camadas, outras camadas
profundas
No escuro senti o mar
Andei nas suas águas
Não vi sua nascente
Apalpei 
Paredes
 os poros respiram
Cadê seus olhos
Não os via
Uma sina
Um destino
Um caminho
Veias pulavam
No pulso do coração
Da alma,
cansada,
Dei de cara com a luz
O vento suave na face
O Rio caudoloso
Olhei  as águas
 vi meus olhos
Espelhos na margem.
Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 25/06/2020
Código do texto: T6987249
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