Uma noite no nada

Quem virá, você foi embora

E os sonhos, doença da consciência morta, também acorda para não mais sonhar

Ainda vem, estou aqui

Fui.

Quem verá, o que sou

Para o hoje, caí na miséria

No instante em que não sou nada

Lugar de quem não fala

Sente o que

Nem risonha, bastarda de outros risos,

Secos, toscos, vazios, fracos,

Vai

Vento vem, como vais

Malditos das noites vazias

Ergueram a fortuna dos que

Não têm nada, miserável que

Sou aquele dos sentimentos

De que não posso mais esmagar

Do ódio que não poderei mais cuspir

Engoli os vermes antes que eles me comessem

Soprando os descasos rasos

Dos desgraçados mais,

Vai em paz, sem mais

Saudades

De quem ficou,

Outras vezez

Mais,

Vai... Porque ainda não

Vou atrás

Quem não foi ainda vai.

Vai.

...

Estranho

Mágoa

Tahutihator Frigus
Enviado por Tahutihator Frigus em 26/12/2018
Código do texto: T6535588
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