Uma noite no nada
Quem virá, você foi embora
E os sonhos, doença da consciência morta, também acorda para não mais sonhar
Ainda vem, estou aqui
Fui.
Quem verá, o que sou
Para o hoje, caí na miséria
No instante em que não sou nada
Lugar de quem não fala
Sente o que
Nem risonha, bastarda de outros risos,
Secos, toscos, vazios, fracos,
Vai
Vento vem, como vais
Malditos das noites vazias
Ergueram a fortuna dos que
Não têm nada, miserável que
Sou aquele dos sentimentos
De que não posso mais esmagar
Do ódio que não poderei mais cuspir
Engoli os vermes antes que eles me comessem
Soprando os descasos rasos
Dos desgraçados mais,
Vai em paz, sem mais
Saudades
De quem ficou,
Outras vezez
Mais,
Vai... Porque ainda não
Vou atrás
Quem não foi ainda vai.
Vai.
...
Estranho
Mágoa