ENTRE TANTOS, ENTRE TANTAS...
Entre tantos desajustes,
Entre tantos desassossegos,
Entre tantas intempéries
Vividas, pois, em espécies...
Entre tantos dissabores,
Entre tantos sufocos,
Entre tantas vis dores
De se deixar quase louco...
Entre tantos, entre tantas,
Tais, dificuldades, quantas,
Eis aí a ressonância
Da voz da ignorância...
Entre tantos se segue, atônito,
Sem nexo de raciocínio,
Entre tantas desilusões se vive
No cárcere do livre arbítrio...
Se pode fazer, não se pode pensar,
Se pode pensar, não se pode fazer,
Nas entrelinhas das proibições
Do paginário das obrigações...