Deitam-se as palavras
deitam-se palavras
que ainda cabem
no poema.
preguiçosas despedem-se
da noite, acordam vazias
na tua alma.
habituada à graça
sorrio para acordar
a alegria perdida
em ti.
II
por encanto
pronto estás para ver
o mar nas horas
mais divertidas.
III
dos sonhos
aparto-me
e parto.
IV
no chão de agosto
abraço árvores
guardo nos meus olhos
o azul as tuas águas.
o que eu sou fortalece
os sentidos e o desejo
de doar.