Rua molhada.
Rua escura e molhada
Com gosto de dente e charco
Sem cães ladrando por alto
Para despertar a morada
O cheiro que invade e teima
Reteve-se pelas narinas
De um ácido sujo de urina
Trancando-se pelas janelas
Que desce de tantos olhos
De um tempo que nunca volta
Perdeu-se pelas cantigas
Que eu tentava me lembrar
De quando ainda jurava
Que guardaria em ternura
Palavras ditas em segredo
Faladas com tanto esmero
De uma paixão quase pura.
Rua escura e molhada
Com gosto de dente e charco
Sem cães ladrando por alto
Para despertar a morada
O cheiro que invade e teima
Reteve-se pelas narinas
De um ácido sujo de urina
Trancando-se pelas janelas
Que desce de tantos olhos
De um tempo que nunca volta
Perdeu-se pelas cantigas
Que eu tentava me lembrar
De quando ainda jurava
Que guardaria em ternura
Palavras ditas em segredo
Faladas com tanto esmero
De uma paixão quase pura.