amor pra mim
num mundo tão engessado vez em quando me aposso da linguagem escrita sem nenhuma performance artística, sem gênero, sem padrão, meio amarga, um pouco doce, desafogo detalhes do viver somente, para meu próprio eu não morrer antes da hora, diante desse lugar, mundo, duro e sem condição de escuta, talvez doentes não consigam prestar atenção nem em si mesmo, então eu chamo a loucura e por isso não me calo a voz, e nessa interação positivo-negativa é você com você, alucinada e transformada já outra, sem exilo, sem correntes e somente precisa, ser construída, com coragem de escrever, com muita vontade de desabafar, toda a falta de querer, toda a falta de existir, para não se sentir qualquer coisa, chama a outra, e, ela vem, aflorar...