Em passos automáticos
Sociedade estranha
Várias pessoas andando
Em busca do topo da montanha
Sentindo o poder de escolher
E ser escolhido para um com outro sobreviver.
Pessoas vazias de natureza
E cheias de tecnologia
Seres que nem imaginam sua Etnologia
E mal sabem que o natural é o maior guia.
Mulheres que se enfeitam com batom
Homens que se enfeitam com gravatas
Seres que não conhecem o por quê
De ser quem são
E de um dia terem sido primatas.
O ridículo do ser
É pensar que com sua vida pode esmorecer
Escolhe uma casa bela
Até frequenta uma capela
E da natureza sempre o faz esquecer.
Se porta como todos mandam
Uma bela roupa e ,
pelos no rosto sempre a desaparecer
A automaticidade das grandes cidades
faz todo o natural ser deixado de lado
e com um belo sopro na integridade,
faz o indivíduo ficar aluado.
Vivemos para procriar
Para passar a linhagem para frente
Não deixar marcas na natureza
Pois é ela quem deve ser considerada nossa ente.
Depois da fase de procriar,
nosso corpo prepara-se para morrer
Não para jogar bingo nas segundas
Nem para chorar,
Nem para sofrer.
Apenas seja cumprida nossa estadia
Não comprida
Respeitemos a natureza
E façamos como ela queria.
Vivamos dia após dia
E quando nossa função natural for interrompida
Que saiamos de cabeça erguida
Sem pedir ajuda à Aparecida.
Sejamos parte da natureza
Componhamos cada energia distribuída
Esqueçamos a condição da vileza
E aprendamos a morrer com sageza