Em passos automáticos

Sociedade estranha

Várias pessoas andando

Em busca do topo da montanha

Sentindo o poder de escolher

E ser escolhido para um com outro sobreviver.

Pessoas vazias de natureza

E cheias de tecnologia

Seres que nem imaginam sua Etnologia

E mal sabem que o natural é o maior guia.

Mulheres que se enfeitam com batom

Homens que se enfeitam com gravatas

Seres que não conhecem o por quê

De ser quem são

E de um dia terem sido primatas.

O ridículo do ser

É pensar que com sua vida pode esmorecer

Escolhe uma casa bela

Até frequenta uma capela

E da natureza sempre o faz esquecer.

Se porta como todos mandam

Uma bela roupa e ,

pelos no rosto sempre a desaparecer

A automaticidade das grandes cidades

faz todo o natural ser deixado de lado

e com um belo sopro na integridade,

faz o indivíduo ficar aluado.

Vivemos para procriar

Para passar a linhagem para frente

Não deixar marcas na natureza

Pois é ela quem deve ser considerada nossa ente.

Depois da fase de procriar,

nosso corpo prepara-se para morrer

Não para jogar bingo nas segundas

Nem para chorar,

Nem para sofrer.

Apenas seja cumprida nossa estadia

Não comprida

Respeitemos a natureza

E façamos como ela queria.

Vivamos dia após dia

E quando nossa função natural for interrompida

Que saiamos de cabeça erguida

Sem pedir ajuda à Aparecida.

Sejamos parte da natureza

Componhamos cada energia distribuída

Esqueçamos a condição da vileza

E aprendamos a morrer com sageza

Caio Vieira
Enviado por Caio Vieira em 28/10/2016
Código do texto: T5805970
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