EMPACOTAMENTO DA ALMA
As pessoas andam tão indiferentes
Embrutecidas pela correria das cidades
Que com suas mandíbulas de ferro
Mastigam sem piedade toda solidariedade.
As pessoas andam automatizadas
Na mesma direção parecendo robô
Na verdade são frágeis e vulneráveis
Presas nos tentáculos do mostro do desamor.
As pessoas vivem em lamentos nas tetas do medo
Com o egoísmo corroendo, asfixiando a calma
As máscaras se multiplicam diante dos olhos da morte
Aumentando assim a necessidade do empacotamento da alma.