armar de amor próprio
Para enfrentar determinados acontecimentos muitas vezes
tenho que me armar de amor próprio
É... eu não sou bobinha não, nem fraquinha
Meus instintos se movem regularmente,
eles são corajosos e independentes
De verdade nunca almejei a normalidade,
coisa sem graça ser normalzinha
Também não sou mulher que aceita dominação
É demais para minha natureza me deixar ser queimada nessa vida
Omitindo a minha vontade ou calando a minha voz
Embora tenha nascido com elemento fogo no signo solar
A vida me ensinou a recorrer aos elementos água, ar e terra
para equilibrar meu temperamento intenso
E a utilizar as palavras escritas para expressar
meus pensamentos e sentimentos
Eu escrevo o que me agrada ouvir
Eu escrevo quase sempre em primeira pessoa
Eu sei que faço isso muito bem
Eu me reconheço na minha própria escrita
Eu sou original e polêmica, vou ser sempre
Eu também sei que sou sensível e que os meus textos
promovem emoção e reflexão
Apesar de perceber que nem todo mundo tem olhos para ver
(verdades inteiras) nas entrelinhas
Na poesia, na prosa, na vida,
vou ser sempre mistério dentro de algo (contido)
E explosiva intuição
Estranho seria não ser
Não deixar brotar para fora como flor ou fruto o doce veneno do intimo
Esse jeito esquisito calado, observador de um lado
E do outro espontâneo, sincero demais
Essa força de vontade que não acaba que não tem fim
Que influencia e estimula seguir em frente
Até o fim...
Eu gosto. Eu gosto de mim.
* Uma carta | Pra mim *