armar de amor próprio

Para enfrentar determinados acontecimentos muitas vezes

tenho que me armar de amor próprio

É... eu não sou bobinha não, nem fraquinha

Meus instintos se movem regularmente,

eles são corajosos e independentes

De verdade nunca almejei a normalidade,

coisa sem graça ser normalzinha

Também não sou mulher que aceita dominação

É demais para minha natureza me deixar ser queimada nessa vida

Omitindo a minha vontade ou calando a minha voz

Embora tenha nascido com elemento fogo no signo solar

A vida me ensinou a recorrer aos elementos água, ar e terra

para equilibrar meu temperamento intenso

E a utilizar as palavras escritas para expressar

meus pensamentos e sentimentos

Eu escrevo o que me agrada ouvir

Eu escrevo quase sempre em primeira pessoa

Eu sei que faço isso muito bem

Eu me reconheço na minha própria escrita

Eu sou original e polêmica, vou ser sempre

Eu também sei que sou sensível e que os meus textos

promovem emoção e reflexão

Apesar de perceber que nem todo mundo tem olhos para ver

(verdades inteiras) nas entrelinhas

Na poesia, na prosa, na vida,

vou ser sempre mistério dentro de algo (contido)

E explosiva intuição

Estranho seria não ser

Não deixar brotar para fora como flor ou fruto o doce veneno do intimo

Esse jeito esquisito calado, observador de um lado

E do outro espontâneo, sincero demais

Essa força de vontade que não acaba que não tem fim

Que influencia e estimula seguir em frente

Até o fim...

Eu gosto. Eu gosto de mim.

* Uma carta | Pra mim *

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 03/05/2016
Reeditado em 03/05/2016
Código do texto: T5624432
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