Sobre-humano

não, eu não sou fácil

aprendi a dizer não

aprendi a ser segura

aprendi a me emocionar

com o sobre-humano

nos gestos fortes

implodindo aos poucos

corpo, tempo, fogo

aprendi e me expressar

com a escrita e a fotografia

não, não faço tipo

sou o que sou

eu mesma

revelada nas palavras e nas imagens

minha linguagem é própria

gosto de ritmo

de brasa, de prazer, de amor, de liberdade

meus traços são meus

meu caminho, à vida

no indo e vindo

deixo ir e vou atrás

quando quero receber ou dar afeto

aprendi a ser serena por dentro

gosto de sentir saudade do que já vive

guardo na memória da pele

tudo aquilo que me fez bem um dia

para depois relembrar lento feito firmamento

bem no compasso sou letrista de sentidos

gosto desse tempo atual

solto e cheio de ardor

que quero levar comigo

pra onde eu for...

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 09/04/2016
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