Sobre-humano
não, eu não sou fácil
aprendi a dizer não
aprendi a ser segura
aprendi a me emocionar
com o sobre-humano
nos gestos fortes
implodindo aos poucos
corpo, tempo, fogo
aprendi e me expressar
com a escrita e a fotografia
não, não faço tipo
sou o que sou
eu mesma
revelada nas palavras e nas imagens
minha linguagem é própria
gosto de ritmo
de brasa, de prazer, de amor, de liberdade
meus traços são meus
meu caminho, à vida
no indo e vindo
deixo ir e vou atrás
quando quero receber ou dar afeto
aprendi a ser serena por dentro
gosto de sentir saudade do que já vive
guardo na memória da pele
tudo aquilo que me fez bem um dia
para depois relembrar lento feito firmamento
bem no compasso sou letrista de sentidos
gosto desse tempo atual
solto e cheio de ardor
que quero levar comigo
pra onde eu for...