Amar que vem pra bem!
Não sou ninguém.
Talvez eu seja o reflexo
do que um dia desejei ser,
afluindo sentimentos
e engavetando poesias.
Sou pedaços inteiros,
sou flor espinhosa
de inverno deveras seco.
Sou, ainda, o sol
da manhã de setembro,
a atuar na vida!
Sou, sim, a vontade
exprimida do anseio:
eis um amor a arder,
entre palavras não ditas
e sentimentos confusos.
Sou humano de lua
compreendido pelo brilho
e rejeitado na madrugada.
Sou só. Sou pó.
Sou nó e ainda
sou braços abertos!
Sou tudo o que quis,
o vazio que transborda
dentro do desejo do sentir!