Distopia

Deus pesou a mão, quando me ofertou amor

Fora eu que pesei o dedo, quando te apontei

A primeira vez, única vez, terceira e quinta vez

Nossa historia pérfida de recomeços

passamos as tragédias gregas

os idílios, os sonetos

sobramos nus em nosso próprio peito

prendando fatos e flertando ao vento

minha fenda de tesouros tolos

tua face inenarrável e tão simples

teu amor me pragueja e me sustenta

teu amor me deu tudo

te amei com esse todo

abismo de carinhos ternos, trouxas

e de uma infinita felicidade

eu tinha o cheiro opaco das manhãs

tu tinhas a natureza selvagem da maça

queria ter te tragado mais forte,

guardado em mim tua voz

penso em deitar e viajar num sonho

com você

hoje quero lembrar do que nunca aconteceu.

Victor Leonardo
Enviado por Victor Leonardo em 09/01/2016
Código do texto: T5505463
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