Análises de Bar
A heresia em viver sóbrio
É abraçar o que é insensível
Agarrar aquilo intangível
Que se consegue como ébrio.
Não me aqueço no inverno
Das palavras perdidas no bar
Eu sou o que sou nesse inferno
Que de enorme penso que é mar.
Mas desses oceanos nada é bom
São tantas odisseias sem som
São panaceias na escuridão.
É nessa mentirosa imensidão
E nessa imperdoável exatidão
Que a existência perde o tom.