Blackout

Acordam os olhos no silêncio.

Lambe a língua mil palavras.

Derretem as horas nas telas de Dalí.

Vestem as nuvens os meus poemas.

Quebram-se ossos e dentes.

Mastigo partículas de estrelas.

Há blackout no céu da boca.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 03/09/2015
Reeditado em 06/09/2015
Código do texto: T5368729
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