Dorezinhas, querida!


Estou pálida, silente
Logo a estar querida
Breve nesta lua nova
E meus ontens idos!

Vem comigo sobrevir
Este estranho iludir
Casta moça dividida
Num lance distorcido

Na escada que desço
O patamar de juras
Nesta sincera noite
Tudo por teu sonho!

As horas são comigo
Como a estar perigo
Entre o mal e o bem
Contigo serei bonita!

Entreveros de erros
No lupanar de amor
Seu jurar desmentir
E eu fico esbravejar!

E as nuvens ou nós
Que seremos dantes
Aqueles sem vesgar
A olhar o tempo siso

Eu rirei solitária aqui
Onde deixei belezas
O convir que sou tua
Esperemos ares mais

Chorei contigo À luz
No dia em que temia
A verdade que tarda
E por ser a piedade!

Caio em si por erros
Ou vejo futuro inerte
Amada e desarmada
Mais sozinha no leito

Onde mais te ferirei?
Pois sou ferida tarde
Entre colchão e calor?
Onde se viu desertor!

Minha dôr tem acento
custa a palavra dúbia
E outro a corrigir-me
Num erro tu querendo

Sei de ti a tarde ruga
Nesta chuva enjeitada
Entre pingos e lágrima
E somos tão diversos...

Te esquecerei demais
Jamais as falas fúteis
E sempre te vi e calei!
Porém sempre te amei

Adeus, adeus, sorriso
Que contenha o suor
E quem penou prosas
Esta poetisa já perdeu
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 30/08/2015
Reeditado em 30/08/2015
Código do texto: T5364902
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