do outo lado
... A gente querendo abastecer tudo ao redor de paixão, de alegria, de amor, de vida viva. Se declarando até nas palavras escritas. Mas cadê gente para ver “diretamente” o que a gente sente. Ah, chega de juízo. Quando se vive no meio de tanto desequilíbrio consome as forças, exige esforço, mina, desanima. Então, transmitir para quem? Sempre foi tão bom pensar alto. Agora o melhor é pensar em silêncio. Já que não existe mesmo ninguém para sensibilizar. Se tudo é pedra talhada. Gente sem tempo. Sem interesse de ouvir, de olhar nos olhos, de sentir, de sentir o outro, o outro lado. Deixa pra lá. Não adianta pensar alto. Nem abastecer de subjetivos se ninguém vai “ver” nem ouvir. Deixa assim. Deixa disso. Deixa...
* Trecho de - à minha margem - do outo lado