esquisita

Quando a escrita realmente entrou em minha vida uma mudança muito forte ocorreu no meu jeito de ser. Sim, ela entrou com tudo e vem saindo e voltando a entrar em mim. Sim, ela vem e eu vou me deixando ir com ela. Sua força me faz lembrar o tempo de menina, quando aos 12 anos disse – eu quero ser jornalista – dessas que viajam pelo mundo, conhecendo outras culturas e escrevendo, contando experiências vividas por outros povos. Porém isso não aconteceu, embora tenha me formado em jornalismo. Mas o gosto pela escrita eu não deixei. O tempo passa apressado e eu aqui ouvindo, vendo, assistindo tudo ao redor se movimentar. E esse querer louco dentro de mim reforçando o gosto que chega de repente, feito uma enorme fogueira sobe aquecendo tudo por dentro. Essa coisa minha de ouvir vozes. Vinda até das entranhas, memórias, lembranças... Agradeço por recebe-las. Agradeço pela alta voltagem. E peço que me acompanhem pela vida inteira. Peço que não me larguem. Sigam comigo. Juntas de mim para sempre.Tomando minha atenção.Tornando meu viver mais intenso, mais significativo. Eu quero senti-las minhas queridas. Quero sentir seu gosto; instigando, estimulando, aumentando a vontade prazerosa. Quero comigo essa alegria excitante da relação com a prosa, com a poesia. Esse jeito poético de escrever, identificado por outros olhares, eu quero manter. Sim esquisita, eu sou, mesmo assim. Com Ela e por Elas eu me entrego, eu sigo escrevendo...

Cássia Nascimento
Enviado por Cássia Nascimento em 19/03/2015
Reeditado em 19/03/2015
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