Por um Punhado de Dores

Errada, moça linda

que derrama-te

nada lágrimas

empolada

de pele rosa

Decidida madame

mulher colorida

de côres modos

eternidade

alma delicada

Viste meu temor

agrada o mal

fraterna sócia

atônita

de nada atômica

Senhorita é ontem

Mulher do amanhã

sósia da sombra

irredutível

aluna solitária

De seu seio ameaça

esta hora menor

entregue ao dia

anoitecida

nos minutos úteis

Tua soma a dividida

Multiplica paixões

Sólida mármore

estatueta

interpreta raízes

Sou a tua mais louca

amada por si e ti

quero-te lésbica

ambígua

e duplos horizontes

Te amo fervida óleo

caída na ilusão

loucura feminina

cintilante

sem estrelas inertes

Com carinhos do metal

amores de carne

de leito ao calvário

amalucada

Nas estepes e selvas

E de pedra é cidade

esta minha rua só

ficaremos ordinárias

juramentada

sem lei consigo vou

Abraçamos um instante

neste mundo fausto

sem monstro e documentos

insensível

distante de um beijo

Nossos ardores e amores

enluarados sentidos

perdidas nas ruínas

desolada enfim...

Nunca seremos únicas...

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 30/11/2014
Código do texto: T5054412
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