Por um Punhado de Dores
Errada, moça linda
que derrama-te
nada lágrimas
empolada
de pele rosa
Decidida madame
mulher colorida
de côres modos
eternidade
alma delicada
Viste meu temor
agrada o mal
fraterna sócia
atônita
de nada atômica
Senhorita é ontem
Mulher do amanhã
sósia da sombra
irredutível
aluna solitária
De seu seio ameaça
esta hora menor
entregue ao dia
anoitecida
nos minutos úteis
Tua soma a dividida
Multiplica paixões
Sólida mármore
estatueta
interpreta raízes
Sou a tua mais louca
amada por si e ti
quero-te lésbica
ambígua
e duplos horizontes
Te amo fervida óleo
caída na ilusão
loucura feminina
cintilante
sem estrelas inertes
Com carinhos do metal
amores de carne
de leito ao calvário
amalucada
Nas estepes e selvas
E de pedra é cidade
esta minha rua só
ficaremos ordinárias
juramentada
sem lei consigo vou
Abraçamos um instante
neste mundo fausto
sem monstro e documentos
insensível
distante de um beijo
Nossos ardores e amores
enluarados sentidos
perdidas nas ruínas
desolada enfim...
Nunca seremos únicas...