Pobre diabo
Pobre diabo
Quem tolera a injustiça
Aceita com gosto duvidoso
A intenção maldosa do indivíduo
De trocar o pão pela carniça
E tal modo de todo tão convicto
Ainda esperar um 'muito obrigado'
Do injustiçado, a modo grosso!!!
Quem impulsiona ódio pela veia
Geralmente, perde a utopia
Como garantia suborna a própria história
Afinal, todo raptor esconde a sombra
Numa tentativa infeliz
De apagar a própria memória!!!
Quem tolera a injustiça
É no mínimo um corrompido
Um pobre diabo fétido e louco
Surfando na impiedade exercida
De um suicida que mata a alma
De um corpo que ainda suspira...
Cristina Jordano