Entre a pedra e a flor
Abriu-se a porta ao cair das correntes,
Perdendo o sentido de apenas sobreviver,
Escorrendo o mar pelos teus olhos,
Descerrando em pétalas os finais das tardes.
Retorcido o escudo e a armadura,
Cavaleiro destroçado por pouco vento,
Elevou ao sol a sua lança e o seu coração,
Lamentando a dor de ser tão sombrio.
Valeu-se da vida por tanto medo petrificado,
Entregando-se ao fermento do amor distante,
Por terra o rosto ainda transpirando esperança,
Sonha regar a amada para sempre ser florificada.