Emparedada
Triste semblante
pálida estival
senhora moça
mulher valente
Tens um quê de flores
Cheirosa rosácea
Estás a sós insone
Clemente sonsa
menina grande
Talvez crescida
Invade meu solo
Em terra amada
Quero-te o bem
preciosa estrela
cândida formosa
Um parecer sofrida
a lamentar em voz
Chorando lamúrias
E vives ao muro...
Distante a calma
este furor empedrado
Cálida e mantida
inerte em desamôr
Demasiada morte
Perdida a este limbo!
Insólita matéria...
Dizei a mim aflita
como a argamassa
Imersa no mutismo
Insondável coração
Mulher distante...
Mas tão próxima!
Desoladora visão!