Inspirado no pensamento da Poeta Tânia Meneses

'Transar com a Poesia é sublime'

O corpo que me veste
Sabe o quanto é bom
Deitar naquela pele
Feito um anjo despudorado
Feito um cabra da peste,
Desbravar com afinco
Cada sílaba fantástica
Cada sussurro ou suspiro
Que escapa dos lábios
E se escancara no limbo
Ou no paraíso...

Só minha língua sabe
Contornos de naves e sóis,
O quanto mais cabe
Torpores sobrepostos
Que jorram de êxito
Nos tremores dos ossos...

A luxúria é um precipício
De onde saltam as liras
E satisfeitas descansam
Sobre odores emblemáticos
Depois adormecem
Em incontáveis delícias.

Que a poesia transpire e transgrida
Em imensos momentos de demora
Que ela seja doce e incandescente
Penetre inteira enquanto 'falo'...
Amoral, transponível e complacente,
Que de tanta libido entre em transe
Que me coma de costas
E me encare de frente!

Cristina Jordano
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 02/02/2014
Código do texto: T4675371
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