Espiando por dentro o ser...
Enquanto seus olhos corriam as letras do livro, sua mente visitava a própria vida. Essa menina, essa mulher, essa alma feminina feita de sonhos, de cruz. Às vezes chora de fronte ao espelho quando olha à própria imagem. Depois da crise tão mortal, do descobrir a pele, percebe que chorar alivia o coração, limpa o pulmão, liberta a angústia, dá leveza... Um dia ao visitar uma taróloga, assim que a moça abriu o jogo, ela falou desse registro, do rosto no espelho que chora... Entre altos e baixos é no espelho, é espiando por dentro do ser, escondida de tudo, que o choro desaperta a aflição, pela manhã, de tarde, à noite... São lágrimas correndo de solidão...